Arquivo do dia: 30/01/2018

UFJF: A Universidade onde todos queremos estudar

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                                                                                                                 * Aurora Miranda Leão

 Por entre os verdes das matas, que por lá crescem frondosos  –  enriquecidos pelas sombras das araucárias e os tons dos ipês -, há tijolos e mais tijolos sobre os quais está imerso um mundo de livros e conhecimento. O terreno é enorme e engrandece a zona da mata mineira. Ali é para onde converge a nata do pensamento: entre leituras, estudos e questionamentos se constroem sentidos, alcançam-se significados e estudam-se narrativas que priorizam a inteligência, a ética e a consciência crítica. Como se de repente o tempo estancasse para que possamos falar de algum vilarejo onde areja um vento bom, assemelhado aquele de que nos dá notícia a bela canção de Marisa Monte.

       Então é lá, onde a cada dia a manhã semeará outros grãos, que as Minas Gerais foram batizadas de zona da mata. Por ali, existe um aprazível cenário, no qual se vislumbra um vasto contingente de prédios: todos juntos formam a Universidade Federal de Juiz de Fora. O campus fica entre dois bairros importantes e muito procurados em Juiz de Fora, o São Pedro e o Cascatinha, este assim um misto de Leblon carioca e Aldeota cearense.

           Bem servida por linhas de ônibus, a UFJF afirma e reafirma, cotidianamente, a importância das universidades para a formação e desenvolvimento sustentável de qualquer cidade. É notório e indiscutível: a UFJF responde pelos grandes avanços que Juiz de Fora alcançou em termos de urbanização, saúde, economia, arte, política, e articulação cultural, para citar apenas alguns aspectos.

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        Ao pé da letra, a implantação do campus da UFJF possibilitou que a cidade de Juiz de Fora desse uma relevante guinada desenvolvimentista, que a inclui entre as concorridas alternativas contemporâneas nas quais viver bem anda de mãos dadas com qualidade de vida, bons serviços e variadas opções de arte e lazer.

      Criada em 1960, quando era presidente Juscelino Kubitschek, a UFJF atingiu um patamar de qualidade reconhecido em todo o país e no exterior, conforme atestam os constantes processos de avaliação do MEC.

         Algumas ações institucionais definem a UFJF como Universidade comprometida com o desenvolvimento regional. Sua estrutura congrega, por exemplo, o trabalho do CRITT (Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia) nas áreas de incubação de empresas de base tecnológica e de transferência de tecnologia (informática, fármacos, eletrônicosagronegócios). Além dessas iniciativas, a UFJF sedia dois agentes da Associação Brasileira para Promoção da Excelência do Software Brasileiro – SOFTEX: o Gênesis e o Agrosoft.

   Outrossim, a UFJF desenvolve um eficiente programa de intercâmbio, através do qual recebe estudantes estrangeiros de muitos países, como Japão, Canadá, Equador, Congo, Angola, Gana, Portugal e Cabo Verde, enviando também alunos de seus quadros para mais de 30 instituições de ensino da Europa, América do Norte e Ásia.

UFJF prédio

        A Universidade de Juiz de Fora possui 16 unidades acadêmicas, agregando 36 cursos de graduação, 29 cursos de mestrados acadêmicos, três mestrados do tipo profissional e 17 cursos de doutorado. São quase 19.000 alunos matriculados e, todo esse contingente, responde por mais de 1000 artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais.

          O crescimento da graduação, especialmente através das matrículas em cursos noturnos, é um dos instrumentos que tornam a Universidade ainda mais inclusiva: a UFJF é sede da realização de duas formas de processo seletivo, o SiSU e o PISM (Programa de Ingresso Seletivo Misto), O curso mais concorrido continua sendo Medicina, mas o #auroradecinema escolheu destacar agora o de Comunicação, célula mater da Faculdade de Comunicação, a popular FACOM, que ficou sexagenária em 17 e entra este 2018 em novo espaço.

        E por falar em inclusão, é preciso destacar a bela Praça Cívica, localizada no centro do Campus, um marco a consagrar a Universidade como espaço público. São mil metros quadrados, totalmente revitalizados, e aos quais toda a população tem acesso. A praça possui fontes luminosas, uma grande área para a prática de exercícios físicos, uma concha acústica (com camarins e sanitários), estação de bicicletas compartilhadas, pista de skate, pista de caminhada e ciclovia.

CÍVICA

No meio do exuberante verde da zona da mata, a Praça Cívica é cartão postal da UFJF

          Na Praça Cívica, são realizados diversos eventos que já pertencem ao calendário de atividades da cidade, como o Domingo no Campus (que promove apresentações artísticas, manhãs esportivas, passeios de bike, e recreação infantil) e o Som Aberto (evento que acontece no primeiro sábado de cada mês, espécie de feira popular de cultura), além de festivais de música, dança, circo e teatro. Vale lembrar que os eventos realizados na Praça Cívica, bem como toda a comunicação da Universidade – em permanente diálogo com a comunidade -, está a cargo da diretoria de Imagem Institucional da UFJF, que tem o comando dedicado, sensível e proativo do querido Prof. Doutor Márcio Guerra.

       Também fazem parte do patrimônio da UFJF alguns dos principais espaços de cultura de Juiz de Fora e região, como o Museu de Arte Moderna Murilo Mendes (MAMM); o Centro Cultural Pró-Música/UFJF; a Casa de Cultura; o Cine-Theatro Central e o Forum da Cultura.

O cotidiano da UFJF

         Por entre a exuberância daquele verde e daquelas montanhas, a vida acadêmica acontece e movimenta seu entorno: há uma profusão de projetos e trabalhos acadêmicos, pesquisas científicas nas mais diversas áreas, produção de televisão, rádio, cinema, informativos, realização de seminários, congressos, jornadas, simpósios e encontros, através dos quais o intercâmbio de saberes e vivências se exprime, se expande e se revigora, oxigenando um enorme contingente de jovens e adultos de todas as idades.

        Todos os dias, desde as primeiras horas da manhã, a UFJF já fervilha de alunos, funcionários e professores, mestres e doutores que ali estão para aprimorar seus saberes, reparti-los, compartilhá-los, e reciclar-se,  reciclando.

         Uma tradução que nos parece propícia ao que acontece na UFJF talvez seja a de um epicentro de efervescência cultural, extremamente estimulante, por onde viceja uma energia com a qual é fácil se contagiar. 

        Naquele cenário super conhecido de Juiz de Fora em que está instalada a UFJF, o pedaço mais popular (porque é o primeiro bloco do campus) abriga as faculdades de Direito, Economia e Administração, Ciências Contábeis, Serviço Social, Educação e Comunicação Social (em fase de mudança para um novo prédio).

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Novos tempos na FACOM

     A Faculdade de Comunicação (FACOM) oferece atualmente cursos superiores de graduação em Jornalismo (Integral e Noturno) e Rádio, TV e Internet. Como unidade acadêmica foi instituída em 1990, mas os passos dessa história começam bem antes. Tudo nasceu com o curso de graduação em Jornalismo, criado em 1958, vinculado à antiga Faculdade de Filosofia e Letras e, posteriormente, à Faculdade de Direito.  

          Hoje, além da graduação, a FACOM conta com um Programa de Pós-Graduação em Comunicação – PPGCOM implantado em 2007, em nível de Mestrado, estando já em curso a implantação do Doutorado na área. Além dos cursos regulares, os docentes da FACOM desenvolvem atividades de Pesquisa e Extensão e uma série de outros projetos. Para os alunos do PPGCOM, existe ainda a presença bonita e simpática, e a atuação competente e amiga da querida Aline Pirâmydes, secretária do Programa de Mestrado (PPGCOM), para quem os alunos distribuem sorrisos, aplausos e gratidão.

          Neste 2018 que estamos apenas começando, a FACOM registra 600 alunos, 33 professores e 15 técnico-administrativos, além de equipe terceirizada. A professora Doutora Gabriela Borges é a titular da Coordenação da FACOM, na qual encontramos alguns dos melhores professores da área: Aluizio Ramos Trinta, Carlos Pernisa Jr., Cláudia Thomé, Christina Musse, Cristina Brandão, Érika Savernini, Francisco José Pimenta, Iluska Coutinho, Márcio Guerra, Marise Tristão, Marcelo Robalinho, Paulo Roberto Figueira Leal, Potiguara Silveira, Ricardo Bedendo, Soraya Vieira, Teresa Neves e Wedencley Alves Santana.

         Porém, essa ‘ordem dos fatores’ não altera em nada a qualidade do ensino: todos os professores da FACOM possuem Doutorado e são docentes com quem é prazeroso estudar. Sobretudo porque a marca dos mestres da FACOM é ensinar motivando, como quem tem gosto em compartilhar e incentivar o estudo, a partir da convicção de que a grande sabedoria é estar sempre pronto a aprender.

               Por essas e outras, acreditamos que a FACOM está a merecer a implantação de seu Doutorado, evidência da qual são pilares o número imenso de estudantes que todos os anos procura os cursos de graduação e mestrado da FACOM-UFJF; a movimentação constante de seu corpo discente e docente na realização e participação nos mais destacados encontros da área (incluindo eventos de longo espectro, como a Conferência Internacional sobre Competências Midiáticas e o curso de Ecologias Digitais com o professor Doutor Mássimo Di Felice); a presença de renomados profissionais da Comunicação em sua agenda acadêmica; a atualidade dos livros estudados; e a dedicação integral de seus mestres – comovente e muitas vezes, apaixonada -, ao notável exercício de transmitir conhecimento e instilar saber nas novas gerações, de todas as idades, que procuram a UFJF para se aprimorar. Ali, então, encontram uma segunda casa. repleta de amigos e companheiros com quem dividir problemas, partilhar idéias, buscar caminhos, encontrar soluções, celebrar conquistas e renovar o fôlego para novas e constantes motivações.

         O Doutorado de Comunicação da UFJF é, pois, uma conquista que se impõe a partir de tantos pontos convergentes para o êxito de sua implantação. O Doutorado da FACOM virá para ratificar o potencial acadêmico e sociocultural da UFJF e coroar a atuação, cheia de méritos, desses Mestres Doutores que nos motivam e engrandecem o ensino e a pesquisa da Comunicação no Brasil.                    Imagem relacionada